Esquecimento na Internet

“A tecnologia não esquece. Desde o começo dos tempos, esquecer tem sido a regra e lembrar, a exceção. Por causa da tecnologia digital e as redes globais, contudo, esse balanço mudou. Hoje, com a ajuda da difusão tecnológica, esquecer tem se tornado a exceção, e lembrar, a regra.”,  Sérgio Branco.

Como é sabido, as informações que circundam o ambiente da internet, assim compreendidos os dados pessoais de cidadãos em todo mundo, têm valor econômico inestimável não só pelas empresas de tecnologia, como também para Estados e Governos. Por tal razão, alguns estudiosos afirmam que os dados pessoais são o novo petróleo do século XXI.

Também é cediço que a situação de fragilidade no ambiente digital é significativa, quando se trata de informações que envolve a soberania de países, através da coleta de dados e informações estratégicas por meio da rede de espionagem.

Não bastasse todos esses fatos, a tecnologia está ao alcance de todos, ou da maioria dos cidadãos, que em grande parte, de forma voluntária, expõe a sua vida privada e de seus familiares nas redes sociais, publicando tais conteúdos de maneira ostensiva, muitas vezes sem mensurar os riscos de tais atos.

A Internet “não esquece” e todos os dados, informações, postagens de momentos privados e íntimos no ambiente familiar, escolar, de lazer, entre tantos outros, são armazenados e coletados para diversas finalidades, tanto lícitas como ilícitas.

Nesse sentido, e em várias situações em que o cidadão disponibiliza suas informações na rede de forma voluntária, ou por meio de terceiros que o façam com ou sem seu consentimento, a remoção ou desindexação desses conteúdos ainda é um desafio.

Portanto, antes de inserir conteúdos que envolvam sua vida privada nas redes sociais, e de fornecer seus dados pessoais em sites de compras, em redes de farmácias, redes de supermercados e outros, procure saber; informe-se para qual finalidade está sendo solicitada aquela coleta de informação. Atente-se!